Movimento e paixão

Márcia Ribeiro Rockenbach chegou há vinte anos em nossa cidade e, desde então, dedica-se a trabalhar com dança e formar bailarinas. Agora, com seu espaço próprio, a professora visa incentivar e promover ainda mais a arte em Vacaria

01/08/2020 Artistas Carolina Padilha Alves

Natural de Porto Alegre, Marcia começou a usar sapatilhas aos oito anos de idade e acabou formando-se no Estúdio de Dança Gutierrez, em sua cidade natal. Lá, ela teve sua formação no chamado Ballet Clássico Acadêmico, método Vaganova, onde aprendeu ballet clássico, contemporâneo, jazz e sapateado, enfrentando uma banca de jurados ao final de cada ano, para que fosse avaliado se a aprendiz poderia mudar de categoria ou não.

Além de ser monitora de sua professora durante esse processo, Márcia participou de um aperfeiçoamento, para quem quer seguir dando aulas.

“A diferença cultural da capital para o interior é muito grande, pois lá as minhas aulas eram todos os dias, além dos meus outros compromissos, e aqui as pessoas não aceitam essa frequência. As alunas que eu formo, saem daqui prontas, com uma profissão, e por isso acredito que deveria ser levado mais a sério a modalidade”, comenta Márcia.

Apesar de sua paixão declarada pela dança, a bailarina prestou vestibular para o curso de Direito, pegou o diploma e trabalhou por algum tempo na área, quando descobriu que realmente aquele não era seu chão.

Em 1999, vem para Vacaria e reencontra o ballet, pois como primeiro emprego aqui, começou a lecionar baby class nas escolas particulares, além de passar no concurso para ser professora do município, onde utilizou sua segunda graduação: a Pedagogia. Após algum tempo, Márcia conheceu a Escola de Dança Corpo e Arte, onde passou seus últimos treze anos e ganhou uma quantidade enorme de alunos.

No início de 2020, uma nova fase se iniciou para a bailarina, que agora também é empreendedora, já que abriu seu próprio espaço, chamado Escola de Dança Márcia DY.

“Na verdade, ter minha escola não era um sonho, mas a força dos pais e alunos me levaram a isso. Minha mãe e meu marido, a quem sou muito grata, me apoiaram nessa ideia maluca e me ajudaram financeiramente e emocionalmente. Sou realizada com a minha profissão e devo essa conquista a todos os pais e amigos que firmaram uma parceria muito especial. Aos meus alunos, apenas gratidão e a promessa de um trabalho fantástico pela frente”, declara.

Mesmo quando o cenário vacariense não é favorável para profissionais que apostam na arte, Márcia é incansável na busca por uma cidade que tenha o lado cultural mais aflorado.

“Falta incentivo governamental e de empresas privadas que acreditem no potencial deste setor. Temos muitos talentos que são desperdiçados, mas que poderiam ter um futuro brilhante e não seguem por não enxergar seu ganha pão na arte”, conclui.

Márcia continua mantendo a frequência em cursos de aperfeiçoamento em cidades como Porto Alegre, São Paulo, Joinville, entre outros, além de sempre contar com a ajuda de sua mestra, Beatriz Gutierrez Paveck, que fornece todo suporte técnico, bem como dicas de aulas, ensaios e agora para o funcionamento da escola.

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