Herança especial

Guilherme Caldart Letti herdou a Brasília 1979 de seu avô e agora promete cuidar de cada pedacinho dessa relíquia que o acompanhou durante toda sua vida

01/06/2019 Inegociáveis Carolina Padilha Alves Tiago Sutil

A Brasília 1979 está na família Caldart há muitos anos e foi tirada 0km da concessionária por José Francisco Caldart, bisavô de Guilherme, atual dono. Com o passar dos anos, o automóvel ficou para o avô, Gerci Francisco Caldart, que veio a falecer em 2017 e deixou-o de presente para seu neto, pulando uma geração no histórico de donos.

Guilherme conta que o carro o acompanhou em todas as fases de sua vida, desde criança, quando Gerci o colocava na tampa do motor e saia dar umas voltas, até o pequeno dormir. Depois disso, o neto aprendeu a dirigir na Brasília com apenas treze anos de idade, na estrada de Bom Jesus, com a supervisão do avô. “O vô sempre me deu muitas regalias. Após eu tirar a carteira, pedia a Brasília emprestada para poder sair. A resposta era sempre sim”, relembra Guilherme.

Apesar de ter servido por bastante tempo como carro de locomoção diária, a Brasília está em ótimo estado de conservação, não possui nenhuma restauração brusca e, atualmente, é um carro de passeio que passa a maioria do tempo guardado, como uma verdadeira relíquia.

“As únicas coisas que fiz nela foi espelhamento, polimento, retoque em alguns piques de pedras, além de retornar a forração original dos bancos. Suas peças são todas originais, porém, devido há um enrosco que aconteceu há uns trinta anos atrás, a pintura foi refeita e resultou em outro tom, o qual é até hoje”, explica o herdeiro.

Comprado em Vacaria, o automóvel nunca saiu daqui para nenhum encontro de carros antigos, tendo sua estréia nesse tipo de evento no Retrô Sobre Rodas de 2018. Ao contrário de seu avô, que era dono de chapeação e por isso gostava de mexer em seus carros, principalmente na cor, Guilherme tenta alterar o mínimo possível e deixar cada detalhe como sempre foi, para manter viva a história de companheirismo entre a Brasília, avô e neto. “Ele sempre fez menção para que o carro ficasse na família e assim foi feita sua vontade. Agora, cabe a mim dar valor e conservá-la para que ele fique feliz olhando lá de cima”, finaliza o proprietário.




 

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